BÔNUS #1 - Meus jogos favoritos do Nintendo Switch
Listinha feita para comemorar o fim do ciclo desse videogame tão especial
Ah, o Nintendo Switch. Essa plataforma tão única e peculiar feita pela gigante japonesa de video-games. Lembro de quando comprei-o lá em 2020 junto do meu irmão. Era começo do ano, nem sabíamos que em março estaríamos presos em casa com bastante tempo para aproveitar nossa compra. Pagamos a bagatela de R$ 1700 na época! A sorte era que o dólar não estava o valor obsceno que se encontra hoje, então os jogos e o próprio console cabia no nosso bolso quando dividimos entre nós dois.
O primeiro jogo que joguei foi Pokémon Sword, escolhi o Scorbunny como meu inicial e me diverti muito mesmo nessa jornada. Me senti uma criança de novo.
O Switch é um dos melhores consoles que eu já tive, mesmo com os vários problemas atrelados a precificação dos jogos – um jogo pode chegar a custar mais de R$ 350 reais hoje em dia! –, toda a experiência de jogar nele é muito satisfatória.
Essa semana, no dia 5 de junho (mas já???), vai lançar mundialmente o sucessor que foi nomeado muito criativamente de Switch 2. Bom, o console vai sair aqui no Brasil por R$ 4500 e os jogos por cerca de R$ 400 reais. Como eu não tenho nem a sombra desse dinheiro, resolvi fazer uma lista dos meus joguinhos favoritos para este videogame tão querido por mim. Não são necessariamente os melhores, nem os mais originais, mas o que mais me marcaram durante esses mais de cinco anos.
THE LEGEND OF ZELDA: BREATH OF THE WILD (2017)
É óbvio que eu tenho que falar desse jogo. Foi o jogo que foi lançado junto com o console em 2017, e que revolucionou a indústria com suas ideias e sistemas tão absurdos.
Eu amo Zelda, desde muito novo venho jogando essa série nos emuladores e nos dois consoles que eu tive da Nintendo (também tenho um 3DS!). Eu amo tudo nessa série, a história, o mundo, o sentimento de aventura, os quebra-cabeças, as músicas (olha isso!!!). Quando eu joguei Ocarina of Time há quase vinte anos atrás meu mundo virou de cabeça para baixo. Eu já jogava videogames, e já tinha jogado outros jogos 3D na época, até porque já existia o PS2 e às vezes eu ia na casa dos meus primos pra jogar. Mas nada se comparava ao que Ocarina of Time fazia como jogo para mim. É basicamente o jogo perfeito, mesmo que hoje em dia pareça datado.
Breath of the Wild é uma reinvenção da fórmula dessa série. Ele te coloca num mundo completamente aberto para você explorar, e deixa de lado mecânicas e estruturas que estão presentes em todos outros jogos. A falta maior que eu senti foi que o jogo não apresenta templos ou calabouços para se explorar.
Mas tirando isso, eu passei mais de cem horas jogando apenas esse título, completamente imerso no mundo, explorando cada cantinho, subindo montanhas, nadando em rios, conversando com vários personagens esquisitos. É magnífico o mundo que os desenvolvedores criaram nesse jogo. Não à toa é considerado por muitos o melhor da série. Não é o meu favorito, longe disso. Mas é definitivamente um dos melhores jogos que eu já joguei na minha vida.
Não terminei ainda a sequência, Tears of the Kingdom, a estrutura ainda mais expansiva me cansou um pouco depois de muitas e muitas horas de jogo. Vou voltar ainda pra ele no futuro. Mas nada vai ser tão marcante quanto jogar Breath of the Wild pela primeira vez, assim como foi jogar Ocarina of Time numa tarde aleatória de 2006.
FIRE EMBLEM: THREE HOUSES (2019)
E se xadrez tivesse cara de boneco de anime? Essa é basicamente a premissa de Fire Emblem.
Mas calma. Essa série não é tão conhecida por terras brasileiras, mas ela tem muita coisa que me atrai. A mistura de jogos de estratégia com RPG é um casamento perfeito que mecanicamente faz com que meus neurônios se ativem e peça cada vez mais. Atrelado a uma história de guerra, conflito e personagens coloridos e cativantes, Fire Emblem pode parecer superficialmente apenas um jogo de anime genérico, mas se engana quem acha isso.
Three Houses conta a história de Byleth, um mercenário que é contratado para ser instrutor numa academia militar de grande prestígio. Nessa academia militar, há três casas, cada uma representando uma facção e nação que divide o continente. No começo do jogo, você escolhe uma das três, e isso faz com que a história do jogo se divida. Isso é, há três histórias principais no jogo, com seus próprios personagens, momentos e desfecho. E isso é loucura, porque o jogo em si já é longo, e para ver todas as histórias, o jogador vai provavelmente gastar centenas de horas.
Sinceramente, vale a pena. Eu amo os personagens desse jogo, é difícil achar um que seja chato ou mal escrito. É o meu elenco favorito de personagens da série. As missões também são variadas o bastante para querer jogar diversas vezes e o sistema de batalha dificilmente fica repetitivo. Não fiz todas as rotas, joguei “apenas” duas vezes, mas ambas foram um tempo gasto muito bom. Tenho vontade de voltar e jogar o restante, quem sabe um dia.
XENOBLADE CHRONICLES: DEFINITIVE EDITION (2020)
Outro RPG que não é muito conhecido aqui em terras tropicais.
Xenoblade Chronicles Definitive Edition é, como se diz o nome, a versão definitiva do jogo que lançou lá em 2011 no Wii. Já havia tentado jogá-lo outras vezes no meu 3DS, eu ia até longe, mas nunca terminava. Algo que me incomodava era que o jogo era feio que nem o diabo. Todos os bonecos eram mal renderizados e com texturas de baixa qualidade. Um horror.
Agora, nesse relançamento, o jogo está lindo! Todo mundo tá uns boneco 3D bonitão.
Enfim, o que eu mais gosto de Xenoblade é a história e o mundo. Os personagens desse mundo vivem no corpo de um titã gigante feito de material orgânico chamado de Bionis. Parece a terra, mas o formato do mundo é um corpo, basicamente. Esse titã, há muitos milênios atrás, travou uma batalha contra Mechonis, um titã feito de metal. Ambos morreram nessa batalha, e de seus corpos começaram a surgir vida. De Bionis surge vida orgânica e os humanos, de Mechonis surgem seres meio robóticos e agressivos. Claro, os seres de ambos os titãs também entram em conflito e travam uma guerra.
O jogo começa alguns anos depois do fim de uma dessas guerras, e você acompanha Shulk, um jovem garoto com dom de engenharia e que vive numa das colônias de Bionis. Um dia seu lar é atacado e sua melhor amiga, Fiora, é morta por um ser metálico que possui um rosto quase humano. Shulk, portando a mítica lâmina Monado, sai com seu amigo Reyn em busca de vingar Fiora.
A trama é muito profunda e com personagens incríveis. Você como jogador percorre toda a dimensão de ambos os titãs. É muito incrível como fazem a escala das coisas. Os personagens são formiguinhas perto de seres gigantes e ambientes magníficos.
É um jogo que me marcou muito e que eu tenho muita vontade de continuar a série. Porém, não consegui ainda, já que Xenoblade 2, um jogo que foi lançado em 2017, ainda custa R$ 350!!! (aceito comprar usado se tiver alguém vendendo)
METROID DREAD (2021)
Esse foi o da lista que eu joguei mais recentemente.
Não sou muito de jogar Metroidvanias – gênero inaugurado pela própria saga Metroid –, mesmo já jogando basicamente todos os jogos de Metroid 2D. Ainda não joguei a série Prime.
Então, após meu irmão comprar esse título e zerar, ele ficou um bom tempo parado na estante. Me esperando. Por uns anos. Quem sabe um dia, eu pensava toda vez que olhava para ele. Esse dia chegou no começo de maio. Ainda bem!
Metroid Dread segue bastante a fórmula dos jogos clássicos da série. Vários ambientes em 2D para você explorar, power-ups, melhorias, armaduras novas para colecionar. Sabe, tudo que faz Metroid… bem… um Metroid. Porém, aqui, é feito com uma maestria que eu nunca vi em outro jogo da franquia. Tudo é muito rápido, responsivo, divertido e gostoso de se fazer. Além do mais, o jogo também tem um sentimento mais de terror, mais sombrio. Me lembra muito a vibe dos filmes clássicos de Alien.
Samus está mais incrível do que nunca. Acho que é o meu design favorito dela em toda a saga, principalmente a segunda armadura que você consegue no jogo. Ela é uma das personagens mais famosas do mundo dos games, e aqui os desenvolvedores pensaram: “e se deixássemos ela ainda MAIS FODA?!” E foi isso, todo momento de luta e história, Samus exala uma aura de proganista foda. Mesmo que ela diga apenas uma frase durante todo jogo.
É o jogo que me fez querer voltar a jogar Metroidvanias e voltar a prestar atenção nessa série depois de tantos anos.
POKÉMON LEGENDS: ARCEUS (2022)
Pokémon dispensa apresentações, né? Pelo amor de Deus.
Quando criança, eu era muito fã de Pokémon. Assistia o desenho na TV, jogava os jogos no emulador, tinha uns brinquedinhos, caderno, camiseta, todas essas coisas. Acho que meu irmão tinha até o CD com as músicas.
Enfim, o problema dos jogos de Pokémon é que, dentro dessa franquia bilionária, eles são a parte mais rejeitada. É nítido que o investimento nos jogos é baixo, não tem muita inovação entre um jogo e o outro, nem muito carinho ou cuidado. Parece que são apenas feitos para criar monstrinhos novos e poder vender mais boneco e pelúcia.
Legends Arceus foi o primeiro em anos que eu senti que teve carinho enquanto faziam. Ele não é o jogo mais lindo, mais incrível, mais inovador, muito longe disso. Mas é um jogo muito próximo do que eu sempre quis para a série. Um jogo que dá aquele calorzinho no coração, sabe? Que me fez ficar mais de uma semana jogando fissurado e capturando vários monstrinhos diferentes.
Fiquei triste quando fui jogar o Scarlet, jogo que veio após esse, e vi que não foi feito com o mesmo cuidado e carinho. Sabe, sair por aí, explorar um mapa baseado no Japão feudal, encontrar segredos e Pokémons novos, batalhar e seguir uma história muito divertida, foi uma experiência que fez essa magia e simplicidade da infância voltar.
Fiz tudo que o jogo tinha com muito gosto, e fiquei triste quando terminei. Quem sabe o próximo que vai lançar do mesmo estilo não coce esse mesmo lugarzinho?
SHIN MEGAMI TENSEI V (2021)
Outro RPG meio obscuro, porque, como vocês perceberam, eu gosto disso.
Shin Megami Tensei, talvez seja minha franquia de RPGs favorita. A temática de fantasia sombria, meio de terror, misturado com pós-apocalipse e mitologia cristã é exatamente o que eu mais amo nessa série de jogos.
Para quem não conhece, Shin Megami Tensei é uma série de RPG japonesa que se fizesse mais sucesso provavelmente iria criar um alarde e acabaria passando num jornal da tarde da rede Record. Eu digo isso porque ele é um jogo sobre demônios, não só isso, mas também é sobre fazer contratos com demônios e invocá-los para usar em batalha. Quase um Pokémon do inferno.
A história se passa num Japão em que o apocalipse já se ocorreu. Seu personagem meio que vive numa realidade que simula a sociedade antes de tudo acabar, completamente alheio a tudo isso. Até que um dia ele é transportado para fora dessa realidade e é atacado por demônios. Tentando sobreviver, o protagonista é salvo por uma entidade que se funde a ele, transformando-o num Nahobino, um ser que possui tanto características humanas quanto demoníacas.
SMT V não é o meu favorito (esse seria o IV), nem o melhor da série, porém ele tem ideias muito interessantes, além do melhor sistema de batalha. Mesmo a história também não sendo um destaque, a escrita e os diálogos com os demônios são muito bons e divertidos. Agora, a direção de arte desse jogo é sem defeitos. O design do protagonista é lindo, e dos monstros novos também. Lembro de zerá-lo e ficar por dias rabiscando os personagens e monstros no meu caderno de desenho.
Há pouco tempo lançaram uma versão nova com melhorias e uma história atualizada, intitulada de V: Vengence. Ainda não joguei, estou só esperando uma promoção!
Bom, esses são os meus seis jogos favoritos do Nintendo Switch. Agora, analisando… tem bastante RPG, né? Ainda há jogos que eu tenho que terminar e outros que não citei. Mario Kart 8, Zelda: Link’s Awakening e Splatoon 2 são apenas alguns dos que eu poderia colocar aqui. Enfim, se você tem joguinhos favoritos do Nintendo Switch, ou de qualquer outra plataforma, me recomende e me conte sua experiência com eles!
Esse é o primeiro Bônus, onde eu vou falar de coisas completamente aleatórias sobre a cultura pop que não se encaixam nos ensaios ou loot da semana. Como eu não queria deixar a newsletter parada, resolvi bolar uma lista, já que é o tipo de conteúdo mais fácil para se fazer na internet! Aceito também ideias de outras listas para postar por aqui!
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