Loot da Semana #2 - Doidera Lynchiana, Miranha e Enxaguante Bucal!

As coisas que eu faço ao invés das minhas obrigações

Esse é o segundo Loot da Semana, onde eu falo de alguns tesouros que eu encontrei nos últimos dias. O intuito desses posts é de semana em semana (talvez), eu falar um pouco dos filmes, livros, gibis e jogos que eu encontrei e dar minha opinião e percepção sobre.

tudo normal por aqui

Mulholland Drive

Um grande problema de falar de filmes assim, é que se falar demais perde a graça, mas vou me esforçar. Diane (Naomi Watts), é uma jovem que sonha em ser atriz, então ela viaja para Hollywood e fica na casa da tia, que está viajando. Porém chegando lá, ela encontra uma mulher misteriosa chamada Rita (Laura Harring) que pelo visto está sem memória devido a um acidente de carro. Juntas, elas começam a procurar respostas sobre o passado de Rita.

O filme, dirigido por David Lynch, é como estar num sonho. O clima é estranho, as interpretações são propositalmente caricatas, os acontecimentos parecem aleatórios, e a trilha sonora, composta por Angelo Baladamenti, só faz tudo ficar parecendo um viagem psicodélica.

Eu não sei se eu entendi o filme, mas eu sei que gostei. Tenho minhas teorias, mas só Deus sabe o que passava na mente de Lynch quando ele escrevia seus roteiros.

chifre trocado etc. etc.

In The Mood For Love:

Devo admitir, eu só assisti um filme chinês antes, então não sabia o que esperar. Porém, foi uma surpresa muito agradável.

Dirigido por Wong Kar-Wai, o filme conta a história de vizinhos que recém mudaram para apartamentos um ao lado do outro. Eles começam a desenvolver um relacionamento de amizade após desconfiarem que seus cônjuges estão tendo atividades extraconjugais um com o outro. É difícil chamar esse filme de “romance”, porque eu estava bem borocoxô enquanto os créditos rolavam.

A coisa que mais me intrigou é a direção desse filme. É bem diferente do que estamos habituados com filmes ocidentais, além de que a composição de cena, luz, sombra, cor é absolutamente impecável.

Manda esse filme pra o seu ex, confia.

Thwip!!

Ultimate Homem-Aranha (2000)

Certo, eu tenho um fraco absurdo por quadrinhos da Marvel, principalmente do Homem-Aranha. É algo que vem desde os meus dez anos de idade quando eu parava na banca de jornal no caminho da escola para comprar a última edição por R$8.90 (agora tá mais de 20 conto!!!).

Só que, havia uma lacuna nessa minha fixação pelo Miranha, e essa era a sua versão Ultimate. Nos anos 90, a Marvel tava meio mal das pernas, então ela começou a vender os direitos de seus heróis pra qualquer estúdio que quisesse adaptar seus personagens para a tela grande. Pouco depois, vieram os filmes do Homem-Aranha do Sam Raimi que foram um enorme sucesso.

Vendo isso, a Marvel pensou: acho que deveríamos capitalizar ainda mais em cima disso e dos novos fãs! Então eles lançaram a linha Ultimate, que funcionava como uma reimaginação de seus heróis para o moderno mundo dos anos 2000. No geral, a linha foi um sucesso, porém a qualidade da maioria dos seus títulos é questionável. Sabe, os autores queriam fazer algo maduro, algo mais sombrio, e acertaram numa breguice total e personagens totalmente descaracterizados.

Porém, isso tudo não se aplica ao Homem-Aranha. Escrito por Brian Michael Bendis e desenhado por Mark Bagley, com o total de 160 edições que foram publicadas durante cerca de uma década, Ultimate Homem-Aranha é um prato cheio pra qualquer fã do personagem, qualquer fã de heróis, qualquer fã de quadrinhos, ou qualquer fã de coisas boas!

É incrível o trabalho dos dois repaginando os personagens, mas sem perder a essência. A história é cativante, o arco de personagem do Peter é muito interessante. Ele é só um garoto quando recebe os poderes, então ele age de acordo com a sua idade. Ele se estressa, se frutra, se culpa, tem problemas amorosos, de sociabilizar, com as notas. Bendis sabe muito bem o que faz Homem-Aranha ser tão amado, e é essa luta constante entre um jovem comum e um super-herói, e o quanto essa vida dupla afeta ele em todos os sentidos que é o cerne de toda essa história.

A série fez tanto sucesso que todos os filmes que vieram depois tentaram se basear nessa história de alguma forma, além de que também originou Miles Morales, o Homem-Aranha protagonista dos filme do Aranhaverso.

Videogames

só tem esquisito aff

Mouthwashing

Ontem a noite eu tava bem deprimido. Como sempre, eu decido fazer algo irresponsável quando eu tô assim. Dessa vez foi comprar um pacote de 11 jogos indies na Steam porque eu achei que tava em conta e tinham uns quatro que eu queria jogar. Dentre eles, Mouthwashing.

Mouthwashing é um jogo de terror narrativo, isso é, você basicamente vai andar, interagir com poucas coisas no cenário e progredir na história por meio de diálogos. Cinco membros de uma nave cargueira ficam à deriva no espaço depois de um acidente. A história é experienciada do ponto de vista de Curly e Jimmy, piloto e co-piloto da nave respectivamente.

O interessante é que essa história de terror é contada de forma não linear. Você joga com ambos personagens, porém o jogo pula sempre de tempo em tempo, antes e depois do acidente. De forma que o jogador vai preenchendo lacunas e entendendo melhor o que raios aconteceu.

Mesmo o jogo sendo de terror, ele não dá muito medo. A atmosfera é muito bem feita, os gráficos são estilizados como se fossem do Playstation 1, o que eu acho muito charmoso. Os diálogos são muito bem escritos, de forma que as três horas de duração do jogo passaram voando. Enfim, grande jogo e agora eu vou para os outros dez que eu comprei…

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